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Monofásico ou polifásico? Tipos de sono e o impacto na saúde

Tipos de sono e como cada um impacta sua saúde

Para muita gente o “dormir bem” é sinônimo de qualidade de vida. Isso não é só questão de opinião pessoal, vários estudos comprovam a influência positiva de uma boa noite de sono na saúde. Mesmo assim, algumas pessoas escolhem modificar a rotina de sono, seja para conseguir aproveitar melhor as horas do dia, seja por obrigação profissional.

Então vamos te ajudar a entender um pouco mais sobre essas rotinas e como elas podem impactar na sua vida.

 

Rotina de sono monofásico ou polifásico: qual é a diferença?

O sono pode ser dividido em dois tipos. O comum, aquele que integra o ciclo circadiano e que possui os estágios REM (Movimento Rápido dos Olhos) e NREM (Movimento Não Rápido dos Olhos), é conhecido como monofásico. E o comportamental, onde as pessoas escolhem alterar a rotina de sono direto por vários cochilos durante o dia, é denominado de polifásico.

No sono monofásico há todas as etapas necessárias para um descanso completo. O sono NREM conta com vários estágios como o de sonolência, onde o indivíduo pode ser despertado facilmente; Leve profundidade, onde as funções cardíacas e a temperatura corporal diminuem e os músculos relaxam, mas ainda é possível despertar facilmente; Profundo, onde começa a ficar mais difícil de despertar; e o muito profundo, que dura cerca de 40 minutos e é o mais difícil de despertar.

É no sono NREM que o corpo produz os hormônios do crescimento, e que são necessários para recarregar as energias físicas, pois diminuem a atividade neural. Após atingir a etapa mais profunda, o corpo regressa etapa por etapa e antes de despertar completamente entra em sono REM. É nesse estágio que os sonhos acontecem, por conta da retomada da intensa atividade neural. E apesar de não proporcionar um descanso profundo, ele é necessário para a estabilidade emocional.

Já o sono polifásico, quando a pessoa opta por deixar de ter uma noite de sono completa para descansar em vários cochilos por dia, é classificado por seus tipos de rotina. Elas são três e são conhecidas por Everyman, Dymaxion e Uberman. Segundo Claudio Stampi, um neurologista de Boston, nos Estados Unidos, o sono polifásico é melhor quando não tem horários rígidos e sim cochilar quando der vontade, “como um trem que você deve pegar, mas que não tem hora certa para passar”.

 

Como funciona a rotina de sono polifásico?

O tipo Everyman consiste em dormir um período de 3h uma vez por dia e mais 3 cochilos de 20 minutos no resto do dia. Já o Dymaxion, são cochilos de 30 minutos a cada 6h acordado. E o Uberman, o mais comum e mais rígido, são 6 cochilos de 20 minutos igualmente distantes um do outro durante o período de 24h. Para conseguir realizar esse método mais rígido, a pessoa primeiro se adapta ao tipo Everyman e depois começa a rotina do tipo Uberman. 

Ele são geralmente praticados por quem deseja passar mais horas trabalhando, estudando ou apenas acordado. Os adeptos costumam não fazer isso a vida inteira, somente em períodos de grandes projetos, vestibulares e concursos. Quem escolhe esse tipo de sono leva até três semanas para se adaptar a nova rotina e o ideal é não ultrapassar o tempo de cochilo, já que a pessoa acaba entrando em um sono mais profundo e difícil de acordar.

 

Mudanças no ciclo de sono e os efeitos na saúde

Segundo os cientistas, um ciclo completo de sono monofásico, com NREM e REM, acontece em um período de aproximadamente 2h e se repete várias vezes até a pessoa acordar completamente. No sono polifásico, somente no tipo Everyman o indivíduo tem a possibilidade de completar os estágios de NREM e REM. 

Apesar da falta de estudos que comprovem o risco de danos, muitos médicos afirmam de forma teórica que o sono polifásico pode causar danos futuros. Afinal, o indivíduo não consegue descansar com a intensidade que precisa e nem usufruir dos hormônios que produz dormindo. Alguns adeptos afirmam que o cérebro se adapta muito bem aos ciclos de cochilos e passam a exercer o NREM e REM até em meia hora.

Alguns livros de história contam que os ilustres Leonardo da Vinci, Benjamin Franklin, Thomas Edison e Napoleão Bonaparte eram adeptos do sono polifásico, mas sem comprovações. 

Será que isso de fato influenciou positivamente nos seus feitos? A ciência ainda não possui estudos que confirmem os riscos ou benefícios de uma rotina de sono polifásico, então por enquanto só existem relatos de quem pratica essa mudança no ciclo do sono.

Como a rotina de um indivíduo muda constantemente, os médicos recomendam as horas de sono monofásico de acordo com a idade. Com 0 a 3 meses de vida, de 14 a 17 horas; Com 4 a 11 meses, 12 a 15 horas; De 1 a 2 anos, 11 a 14 horas; De 3 a 5 anos, 10 a 13 horas; De 6 a 13 anos, 9 a 11 horas; De 14 a 17 anos, 8 a 10 horas; De 18 a 64 anos, 7 a 9 horas; E a partir de 65 anos de 7 a 8 horas de sono por dia.

Não dormir bem traz alguns riscos comprovados para saúde. Primeiro, que quem fica mais tempo acordado acaba comendo mais e com isso tem mais chances de engordar, atingir graus de obesidade e aproximar os fatores de risco que a doença oferece, como problemas cardiovasculares. 

O sistema emocional também não se recupera direito sem uma boa noite de sono, então há uma facilidade para apresentar quadros de ansiedade e outras doenças, como a depressão e a síndrome do pânico.

 

Tudo isso impacta diretamente na imunidade, fazendo com que ela baixe. Ou seja, o que é provado cientificamente mesmo é que dormir bem é um fator necessário para manter a qualidade de vida.

E já que falamos em ansiedade, vale lembrar que ela tem afetado cada vez mais pessoas, e que seus sintomas podem ser confundidos com os do infarto. Clique no link abaixo para saber como diferenciar e o que fazer em ambos os casos:

Crise de ansiedade ou infarto?!? Redobre os cuidados com a saúde, o coração principalmente: